quarta-feira, dezembro 31, 2008

Do último ao próximo

Nos últimos seis meses da minha vida
Tive vontade de fazer tudo o que não fiz
Tive vontade de dizer todos os eu te amo que não disse
Tive vontade de sentir todas as emoções que por medo não vivi
Tive vontade de raptar você e levar para os lugares que não pudemos ir
Tive vontade de tirar as fotos que eu sempre quis tirar, mas você nunca deixou
Tive vontade de voltar em todas as festas e baladas, e dançar com você todas as músicas tocadas
Tive vontade de ir a Campos do Jordão que sempre ficou nos esperando, que eu fiquei esperando, mas você não me levou.
Tive vontade de mostrar todos os textos que escrevi para você e nunca tive coragem de lhe dar
Tive vontade de voltar naquele momento em que fui embora porque percebi que o amor não é mudo
Porque eu percebi que eu tinha vontade de ficar rouca de tanto conversar de madrugada
Porque eu vi como o horizonte é infinito e eu quero andar nele até cansar
Para continuar tendo vontade de continuar a viver os próximos seis meses de vida
Porque minha vontade de não deixar o tempo passar assim, tão à toa, é muito maior

sexta-feira, dezembro 26, 2008

Re-começo

Enfim.. sobrevivi
Fiz o teste e passei, não reprovei em nada e estou bastante viva
Não morri quando me apaixonei completamente e fiquei só
Graças a isso, surgiu a vontade, de amar de novo e ainda mais
E fazer do fim, um novo começo, um novo recomeço
Ou quando senti tanta saudade mas não pude matá-la
Não morri por causa de gente que pisou na bola, nem de gente que mentiu por maldade
Sobrevivi
Sobrevivi também depois de ter passado por apertos financeiros
Depois de ver minha melhor amiga partir sem deixar recado
Depois de ter ficado por muito tempo sem chão
Não morri também depois de ter perdido a confiança, a alegria, a vontade de sorrir
Posso ter ficado triste por um tempo, desanimada, desconsolada, perdida.
Mas sobrevivi
Estou mais forte, mesmo que eu não consiga ver isso agora
Estou mais esperta e mais consciente
Foi uma longa batalha, foi uma vitória difícil, mas fui campeã
Que venham os novos testes
E que a nova página seja escrita, re-escrita
e muito bem vivida.

quinta-feira, dezembro 25, 2008

Fogos de artifício

Fogos de artifícios, sonhos, sorrisos, lágrimas
Alegria, desilusão, amor, tristeza
Começo, recomeço, meio, caminho
Fim
Saudade da esperança que existia aqui
Esperança de jamais chegar ao fim
e chegando ao fim ter saudade
Saudade da força de recomeçar até conseguir
e conseguindo, ter saudades suficiente
Saudade para ir além de si mesma e relembrar
toda a alegria, todos os sorrisos, todo o amor
todos os sonhos que sempre se transformavam
em fogos de artifícios
E no meio do caminho, chegando próximo ao fim
houvesse a saudade de tudo que foi bom
para começar, recomeçar e caminhar
em busca da nova saudade

domingo, novembro 30, 2008

Cegueira

E ela pediu desculpas, tentou, tentou não ficar enchendo o saco dele com o mesmo assunto mas não conseguiu. Percebeu que não podia ver o tempo passar e sentí-lo cada vez mais longe dela.
Sim, ela o amava mas fez, falou, pensou tudo errado essa era a verdade, a verdade era que ela o amava, como ela nunca tinha dito a ele.
Ficou um tempão perto da faculdade dele, para ver se conseguia encontrá-lo, mesmo que de longe. Riu de si mesma e pensou: "Acho que estou ficando maluca!"
Como lhe faltou paciência para perceber que os planos que tinham juntos não iriam acontecer de uma hora para outra e sobrou medo e duvidou de tudo que tinham contruído, duvidou do "nós"que eram.
E como sentiu falta daquele "nós". Daquela cumplicidade, daquela amizade, daquele cuidado dele com ela, e que ela não dava valor.
E assim as lembranças lhe dominaram o coração e a mente.
Lembranças de um tempo que nem era tão distante assim, de quando lavar o banheiro e limpar a casa juntos era ser feliz mesmo ela torrando a paciência dele. De quando ser acordada aos beijos era algo a se esperar a semana toda. De quando ouvir "apaga a luz pra mim" era tudo que importava entre eles. De quando ficar o dia todo debaixo das cobertas juntos era importante e não se dava importância pra isso. De quando se ouvia um "tá brava?" não se percebia a preocupação dele com ela. De quando um pote de sorvete era o melhor jantar a luz de velas que alguém podia ter. De quando ficar brigado era bom, só para pedir desculpa. De quando dormir com a perna em cima da dele passou a ser o melhor travesseiro de todos para ela.
De quando um simples "você me ama?" significava tanto e quanto não significava nada apenas responder com um olhar ou um sorriso, se o que valia mais eram as palavras. Palavras essas que teimavam em não sair do coração dela, por que achava quem nem era assim tão importante dizer a ele, mas se não se diz, como se sabe o que o outro sente?
Gestos, olhares, ações, não bastam para um amor, por mais que ele esteja lá, ele em si, não se basta, mas ela não percebeu isso e ele se cansou de mostrar-lhe o amor que havia ali.
E ele estava lá dando forças, mesmo ela sendo chata, muitas vezes egoísta, impaciente e inconstante.
Mas a certeza de que ele sempre estaria lá, dava a ela a falsa sensação de que jamais o perderia.
E ela se perdeu dele, enquanto ele se reencontrou, longe dela.

quarta-feira, outubro 15, 2008

Passageiro

Não tenho força para imaginar
Que talvez tenha sido um erro
Ficar nesta estaçao
Esperando pelo mesmo trem
E
Por fim
Insistir na viagem de terceira classe

sábado, outubro 11, 2008

Insônia

Vagueia em mim uma tempestade incessante
Risos, choros, sim, não
Um querer sem querer, sem saber

Vou e volto pela mesma estrada
que agora é totalmente desconhecida
A consciência apaga e a inconsciência acende

Silêncio

O que se faz quando o coraçao se agita
As mão esfriam, a saudade aperta
E o medo desperta
O mais profundo dos pesadelos

Estanco a corda do relógio
Não reconheço o mês, o dia, as horas
Basta-me o pensamento voando
até ele voltar, se é que voltará

E sobram-me devaneios
nesta noite que se arrasta
Mas, é tarde e estou com sono
Sonharei contigo

Retratos da memória

Há ventos que nos trazem pessoas
No reflexo do tempo

Mesmo a distância, perpetuam-se no pensamento
São fotografias das quais a saudade terá sempre os negativos

Revelados na memória.
Revelados no sentimento

Há pessoas que nos trazem ventos
No reverso do tempo

Preso à substância, revelando sentimentos
São maravilhas das quais a sinceridade

Terá sempre os negativos revelados na história.

domingo, outubro 05, 2008

Tarde Demais

Sua voz me faz esquecer de tudo
Então desesperada te procuro e esqueço
da realidade que fica atrás da porta
E uma só palavra sua me faz querer ter tudo de volta
Volto naquele tempo que existia o nós
O frio na barriga quando me puxa para perto de você
O arrepio de sentir sua pele na minha
Aquecendo todo meu corpo de tal forma
Me deixo ser envolvida
Me perco em seus braços e não resisto aos seus beijos
tento voltar a mim, e não consigo
Seu olhar, seu cheiro, seu eu em mim
O coração dispara e tudo acontece
O tempo para e nada mais parece existir
Você adormece, fico ao seu lado, olhando-te
Tentando decorar cada parte de você
tentando eternizar cada segundo
daquele breve momento de nós
O dia amanhece e volto a mim
A porta se abre e lá está um novo dia
E vejo que uma noite é só mais uma
E que uma noite é pouco
Para quem quer a eternidade
Quero te inteiro
É tarde demais

quinta-feira, outubro 02, 2008

Árvore solitária - Por Ana Cristina Matias

Hoje me senti assim,
Como uma árvore sozinha no meio do pasto,
Que na paisagem da estrada, preenche um vazio sem fim.
Apenas ocupa o seu lugar no espaço,
Sem se mover, machucar e ferir,
E se contenta em viver cada anoitecer do rancho,
Sozinha, apenas com a companhia dos pássaros,
Que se alimentam de suas sementes.
Sem flores, já passou da época,
agora semeia em sua volta,
Com suas frutas secas e que não foram colhidas a tempo da estiagem,
E belas folhas verdes que permanecem e suportam o frio, gelado e úmido.
Sua beleza é vista de longe, na rodovia os carros passam,
E as famílias em seu interior observam sua força, e insistência,
De viver ali solitária, e sobreviver a cada amanhecer.

http://anacpm.blogspot.com/2008_07_01_archive.html

quarta-feira, setembro 24, 2008

Pegadas


Ainda que teus pés não caminhe mais com os meus...
Ainda que nossos caminhos não se cruzem nunca mais
Ainda que os destinos não seja mais o mesmo
Ainda que a chegada não seja na mesma hora
Ainda que você tome um atalho ou eu mude o rumo
Ainda que o vento nos leve para lugares distantes e encha nossos olhos com outras paisagens

Nada... nada apagará nossas pegadas
Aquelas que se confundiam por estarem no mesmo caminho
Aquelas que sempre iam no mesmo sentido
Aquelas que mesmo contrariadas eram seguidas e reencontradas
Aquelas que ás vezes eram em passos largos tamanha era a vontade de se chegar
Aquelas que às vezes eram em passos curtos tamanha era a vontade de ficar
Ficar naquele momento e tornar tudo eterno

Aquelas... aquelas pegadas
Que ficaram guardadas e se perderam uma da outra
Neste nosso caminho.

terça-feira, setembro 23, 2008

Individualidade

É, houve um tempo,
um tempo que eu perdi,
perdi, com o meu amado, à mim mesmo...
e à mim mesmo esqueci

Mas continuei vivendo neste mundo,
mesmo sem mais lembrar-me de mim,
sem lembrar que o caminho não era mais aquele
a seguir

Sem lembrar seu rosto ,
E enxergar o meu

Perdida que estava,
dentro desta casca que me tornei..
em cujo interior vazio,
ainda se escondia,
essa falta que sentia,

Não sei se de seu rosto ou do meu.

domingo, setembro 21, 2008

Meu avesso

Tudo está pelo avesso. Pessoas buscam as coisas que eu diria estar "de trás pra frente". Algumas acham ter encontrado alma gêmea baseado em seus gostos comuns. Quanto mais coisas que ambos "curtem", maior a possibilidade de o relacionamento dar certo. Mais uma vez, estou correndo para outro lado. Não procuro semelhanças nas pessoas. Estas, creio virem com o tempo, caso haja uma sintonia mais do que natural entre os dois e em vez disso, analiso um aspecto verdadeiramente importante: as diferenças. Estas sim, contam pontos na hora de a razão permitir ou não ao coração sentir.
Alguém que não me acompanhe, que não tenha meu pique ou (temerivelmente) vice-versa, certamente não terá como me prometer a felicidade eterna. Aliás, esta tal é nada mais do que uma utopia boba, à qual insisto em me prender para justificar a minha patética auto-suficiência. Às vezes, conflito-me comigo mesmo em pensar se devo viver a vida como resolvo uma equação de álgebra ou apenas passo a viver como as outras pessoas, as quais acho tão incautas, quando estão simplesmente tentando ser feliz... O tempo passa e perco forças nesta briga de mim comigo, quando o objetivo é entregar-me ou não. Algumas vezes penso ser bobagem perder tanto tempo pensando sobre isso. Em outras, imagino o quão incerto é o destino de quem age unicamente com emoção.
Na verdade, resumindo, penso estar perdendo um certo tempo com isso, podendo simplesmente estar vivendo. Coloquei de há muito em minha cabeça que quem amo pode me fazer muito mais mal que meu pior inimigo. Simples: o inimigo precisa investir contra mim para ver meu sofrimento. Quem eu amo, basta sumir. A imaturidade de condicionar a minha felicidade ao "bom-humor" de outra pessoa parece para mim alguém que tem medo de sair além da própria quadra onde mora. As redondezas não devem ser tão perigosas quanto imagina a minha "neurose" (entre aspas, antes que alguém diga que não sei de que estou falando).
Bom, deixe-me pensar mais um pouquinho sobre minha vida para ver o que realmente quero. Estas confusas divagações CERTAMENTE serviram muito mais para mim do que para qualquer pessoa que possa lê-las.
Até depois...

sábado, setembro 20, 2008

Palavras não ditas

O dinheiro que encontro no chão, a festa do ano novo, o lugar vazio no carro.
Um dia esperado, um dia improvisado, para qualquer coisa, sem você.
Então criei meu céu nebuloso e tentei não ficar com cara feia.
Ao descobrir que desisti da vida, quando te vi atrás da porta.

- Alô? Mãe, ele me deixou.
- Filha, calma, ele só vai desocupar um lado da cama e reduzir pela metade a conta de telefone.

Cortei com serrote a sua parte.
A cama já não serve mais,tentei que virasse solteiro.
Mas ele não superou, virou lixo.
Vendi o carro, comprei em cigarro e café
Vendi o carro, estou andando de cigarro e de café
Vendi o carro pela metade do preço que você sugeriu.

Desculpa?

Embalei o álbum em papel camurça.

- Que eu faço com as coisas que ele deixou aqui?
- Dá embora.

Sem perceber, copo na mão, aquele vinho que ficamos de abrir qualquer dia desses, televisão chiando, caneta nos dentes, cigarro molhado no café.
Pego o álbum, e aquelas fotos mal escolhidas.
Te ligo.
Na foto do buquê sua tia avó aparece lá atrás dormindo.
São quarenta e cinco, no total.
A capa azul não me agradou, mas você queria mesmo assim.
Mas o som da festa sim, tocou Roberto Carlos, Eu te amo.
Não gosto do seu sorriso da terceira de trás para frente, parece forçado e forjado.
Desculpa.
Não vou poder continuar por hoje,
Preciso tomar banho. Não sei.
Amanhã te vejo?
Aonde?
Pode ser lá na casa dos seus pais,
Aquela décima segunda, que eu apareço segurando a sua mão e olhando pra câmera errada.
Então tá, até amanhã meu...
O telefone já estava mudo.

domingo, setembro 14, 2008

Está acontecendo algo

Está acontecendo algo em mim, ao meu redor, em volta dos outros
Um não sei o quê, sem saber quando
Um sintoma de vazio
Uma insatisfação que não explode de medo e nem se defaz na felicidade
Do medo de algo indefinido e da felicidade de algo distante
Não sei dizer se é só aqui ou em todas os lugares
Mas, que esá acontecendo "alguma coisa" está
Uma desesperança...
Um desencanto...
Uma deslealdade...
Um desequilíbrio...
Um destempero...
Um despreparo...
Uma desilusão...
Um desgoverno...
Um desinteresse...
Um desleixo...
Uma vontade de parar e nunca mais se mexer
Uma vontade de se mexer até cair parado
Uma ânsia de escutar as respostas do que não se pergunta
Uma angústia de não saber a quem perguntar
Talvez você não entenda...mas você sente...
Sente no peito...na cabeça...nas mãos...nos cabelos...nos bolsos
Que está acontecendo "alguma coisa" está
Uma coisa vaga...indefinível...preenchendo tudo...
Envolvendo tudo, e não deixando nada

terça-feira, setembro 09, 2008

Estou tentando terminar um "poema"... e está bem difícil, não quer sair de jeito nenhum...
Mas nas minhas leituras diárias, encontrei este texto bem legal, de uma escritora super bacana que gosto muito... Fernanda Yong, para quem, como eu, deixa os melhores momentos da vida passarem por vários motivos, esses muitas vezes sem importância, refletir e mudar.. porque, o tempo não para...


Ao tempo perdido
Fernanda Yong

Onde você foi parar?
Como que você some assim, de repente, sem avisar?
Por onde você escapou, que eu não vi?
Contava com a sua presença para fazer algumas coisas, que adoro, mas para as quais não me sobra mais nem um minuto.
Dizem que o tempo perdido não volta jamais, no entanto custo a acreditar que você seria capaz de me largar dessa maneira depois de tudo que vivemos.
Será verdade que o tempo é cruel? Terão sido em vão os lindos momentos que desperdiçamos juntos? As horas e horas pensando besteiras, com minhas intermináveis elucubrações?
É, quando se é jovem, o tempo que se perde não faz tanta falta.
Você passava e eu nem ligava. Agora, corro atrás de cada instante que, um dia, joguei fora sem dar a devida atenção.
Querido tempo, queria muito que você voltasse.
Poderíamos ir a um cinema, jantar fora, passear à toa pelas calçadas.
Com o tempo ao seu lado, a vida definitivamente fica mais fácil.
Sei que você não pára, que também está sempre na correria, como eu, contudo não perco a esperança de ainda ter você inteiro, só para mim.
Vejo, no espelho, as marcas que você me deixou, e muitas outras delas quero ter antes de a morte chegar.
O que posso prometer para que você retorne?
Que eu vou aproveitar você melhor? Que vou dar mais valor às suas sábias lições? Que não te perderei mais por bobagens?
Ajoelho-me diante de você, inestimável tempo, e juro: nunca mais vou vacilar contigo, pois sei que todos te querem e desejam.
As mulheres mais lindas e os homensmais ricos perseguem você por todos os lugares, oferecendo de tudo para ter mais um pouco de sua companhia.
Tudo gira em torno de você, tempo, eu sei. Poetas te cantam, gênios te estudam, líderes te seguem.
E eu continuaria dias e dias tecendo as mais belas considerações a teu respeito, mas temo que estaria perdendo ainda mais de você fazendo isso.
Devo, entretanto, avisar que não pretendo te esquecer nem deixar você em paz.
Pode correr, pode fugir, que vou em busca de você, onde estiver.
Cancelarei compromissos, emendarei feriados, mas tenho certeza de que te encontrarei de novo. Nem que seja porum só segundo.
Quem sabe, então, quando estivermos frente a frente, verei que você não se foi em vão, que foi porque tinha mesmo de ir, passando em silêncio como o tempo deve passar.E que, na sua falta, não o terei perdido, porém eternizado.Saudades...

segunda-feira, agosto 25, 2008

Céu e Inferno

Esse turbilhão de pensamentos que povoam minha mente
Não me deixam ver que preciso parar e começar de novo
Zerar os ponteiros do relógio e partir para uma nova caminhada
Mas eu sempre volto

E faço tudo de novo
Como se fosse minha única e última opção
Não quero mais o velho, não quero mais o que sempre soube que estava errado
Quero o novo, o mundo novo que me abre as portas mas não consigo entrar porque sempre dou um passo para trás e não vejo em volta
Essa vida nova, que espera por mim, que me divide ao meio
E o novo, o novo me dá medo, não me deixa seguir
Eu já havia me esquecido como era enxergar as estrelas
E fico entre o céu e o inferno

domingo, agosto 24, 2008

Meu tempo

Eu caminho
Sem saber onde vou chegar
O que vou encontrar
A cada chegada é o inicio de um novo tempo
Que muda a cada minuto
Descompassadamente
Vejo a mudança em mim, nos outros, em tudo a minha volta
Ninguém mais é como antes
As palavras
Os sentimentos
A energia
As vontades
Vem e vão
As marcas no tempo mostram o quanto cada um deixou de si
Naqueles momentos de eternidade que sempre chega ao fim
E mostra que não se deixou quase nada e o tempo
Passa, sem pressa
Descompassadamente