sexta-feira, maio 25, 2012

No meio da Arca de Noé

Dizem que todos os bichos entraram na arca. Noé só ficava de olho na porta para conferir a bicharada e evitar que de repente, algum mais afoito resolvesse comer o outro. Mas, na verdade, ninguém comeu ninguém. Entraram todos e todos sobreviveram à chuvarada e aí estão: a raposa, o lobo, o gambá, o peru, o porco, a borboleta.
Sabe o que tudo isso quer dizer? Que a gente deve conviver com a diversidade zoológica. Conviver com todos os bichos porque tem lugar na arca para todo mundo.

Eu, no entanto, tenho uma reclamação. Aceito, sim, a diversidade e até a convivência com todos os animais. Confesso que até convivo, mas, não me obriguem a gostar de cobra, nem de aranha, nem de escorpião, nem de outras excentricidades vivas.

segunda-feira, maio 14, 2012

Enquanto existir amor

E lá vou eu, novamente, pular de pára-quedas. Gosto de fortes emoções. Eu vivo para elas. Eu vivo para acordar de manhã e sentir tilintadas no coração e vivo para sentir uma saudade gostosa e uma ansiedade de tudo que ainda tem-se para construir. Eupulodecabeça, mesmo, emuitasvezes. E é impressionante como todas elas tem a sensação de uma primeira vez e a certeza de ser a última. Vivo de grandes escaladas e de saltos triplos. Agora, por exemplo, vou me atirar de braços abertos e sorriso no rosto, porque gosto de acreditar no amor, mas não vou deixar de me lembrar da promessa que fiz: de só gostar de quem gosta de mim.