o tempo parece correr... sempre foi assim..em descompasso, sem dar tempo... em desvario me leva, sem que eu perceba, sem que eu veja, que o tempo foi embora e não volta mais, tendo que criar assim, um novo tempo..
terça-feira, abril 28, 2009
Pedacinhos de mim
sábado, abril 25, 2009
O tempo que faltou
quinta-feira, abril 23, 2009
Silêncio do que não foi dito
domingo, abril 19, 2009
Simples assim, mas nem tanto
Um dia já houve a possibilidade de viagens espontâneas, histórias mágicas, experiências fantásticas...
Um dia nasceu um pequeno príncipe, as serenatas, as flores.
Um dia ela abriu o olho e acordou.
Quem a cutucou foi sua terapeuta, sua idade, sua vida.
Cutucaram tão forte que ao invés de levantar, ela caiu.
Era um buraco muito mais fundo do que o da Alice no final nada de coelhos e relógios.
Ela caiu na real.
Pegou os pedacinhos minúsculos de esperança espalhados pelo chão e seguiu.
No caminho aprendeu algumas coisas, descobriu o que queria, precisava, e o que não aceitava.
Cativou tudo e a todos se responsabilizando - quase sempre - por seus atos.
Um dia cativou um pequeno pinguim.Porém, ela achava que podia transformá-lo em mundo.
No seu mundo.Queria que ele fosse vento, água, sol e terra.
De pouquinho em pouquinho ela foi moldando-o para ficar perfeito, do jeito que ela queria!
Foi tão difícil perceber que não importava o quanto tentasse, ele era apenas um pinguim.
Um dia passou um trem e o levou embora: "Não se preocupe querida... é o trem da vida"e se foi.
Ela então voltou para a realidade novamente.
Deu o que restava de fantasia para um trombadinha - que levou também seus pertences - e chorou.
Daí para frente começou a olhar ao seu redor.
Percebeu como os relacionamentos de hoje são superficiais,como o dinheiro manda em absolutamente tudo,como "um falso sorriso vale mais do que uma amizade"e todo "amor verdadeiro" é o conjunto: carro-roupas-viagens-tempero-vinho-restaurantes-festas-coisase por isso ninguém mais sabe o que sente.
Construiu seu murinho, não muito alto para que não pudesse ver do outro lado, poliu seus diamantes internose deu alguns tropeços em pedriscos no caminho.
Mas não pense que ela entrou nesta concha e não encara a vida.
Foi de tanto encarar que tremeu.
Só soube então se realizar em palavras; seus desejos, medos, saudades.
Ponto final ela não põe em nada.
Não tem a conclusão e deixa quem quizer partir no trem da vida apenas ir...ela só precisa se achar.
Por enquanto só quer aprender a ver a lua sozinha
Para um dia vê-la junto das estrelas.
sábado, abril 18, 2009
De volta a estrada
Sempre por perto, mas percebo-me longe de mim mesmo.
E agora?
Qual é o caminho de volta?
Me perdi nessa estrada que me afasta de mim mesmo.E agora não consigo mais encontrar o caminho...
Perder-se e encontrar-se novamente
Pode ser um caminho sem volta
... às vezes.
sábado, abril 11, 2009
In-decisão
Se contorce
Se ajeita
Reclama,
Aperta
Dificultando ainda mais minha concentração, numa tentativa de boicote
Pode gritar, pode fingir estar com fome, pode fingir queimadas amazônicas,
Eu agüento você.
E se eu vencer
Você me agüenta, e sossega, por favor.
quinta-feira, abril 09, 2009
Alma minha
Largarei-a para que ela se encontre em um nirvana profundo do paraíso das almas. Largarei-a em uma esquina, sem nenhum radar. Deixarei-a em paz, na paz que as almas encontram quando encontram a si mesmas.
Eu deixarei minha alma passear pelo mundo, pelos cantos, pelas casas e pontes, para que eu encontre a felicidade de amar.
Mas peço a ela, a alma que é, que não me abandone. Que vagueie por muito tempo, que se incomunique com outras almas, que se encontre em espelhos do mundo. Mas que volte para o meu corpo. Porque há muito tempo ele já sente a falta desta alma.
terça-feira, abril 07, 2009
Esperando a próxima estação
Não era primavera e não havia flores pelo chão.
Não havia folhas secas para pisarmos fazendo barulho.
Não era primavera e não ficamos deitados na grama.
Não sentimos frio com o sol na cara, não vimos estrelas.
Talvez porque não era primavera.
Não deixei meu cheiro em seu travesseiro, e você não segurou minha mão.
Que estação era, eu não sei, mas não era primavera.
Porque você partiu, porque eu quis ficar.
Podia ser que você nem me notasse, porque não era primavera.
São poucas as estações, são poucos os dias, são poucas as pessoas.
Minhas palavras não foram poucas, mas não ficaram em você.
Caminharei por entre as árvores e vou lembrar daquela estação, mas haverá outra mão segurando a minha mão, sem que eu peça.
Eu bem que quis, eu até sorri.
Mas não pude ficar, porque eu não posso esperar até a primavera.
Um poema antigo, para uma primavera que nunca chegou.
domingo, abril 05, 2009
Meus detalhes
Ponha os meus defeitos de volta.
E se mesmo com todos os meus detalhes -da ruga ao ronco,