domingo, setembro 21, 2008

Meu avesso

Tudo está pelo avesso. Pessoas buscam as coisas que eu diria estar "de trás pra frente". Algumas acham ter encontrado alma gêmea baseado em seus gostos comuns. Quanto mais coisas que ambos "curtem", maior a possibilidade de o relacionamento dar certo. Mais uma vez, estou correndo para outro lado. Não procuro semelhanças nas pessoas. Estas, creio virem com o tempo, caso haja uma sintonia mais do que natural entre os dois e em vez disso, analiso um aspecto verdadeiramente importante: as diferenças. Estas sim, contam pontos na hora de a razão permitir ou não ao coração sentir.
Alguém que não me acompanhe, que não tenha meu pique ou (temerivelmente) vice-versa, certamente não terá como me prometer a felicidade eterna. Aliás, esta tal é nada mais do que uma utopia boba, à qual insisto em me prender para justificar a minha patética auto-suficiência. Às vezes, conflito-me comigo mesmo em pensar se devo viver a vida como resolvo uma equação de álgebra ou apenas passo a viver como as outras pessoas, as quais acho tão incautas, quando estão simplesmente tentando ser feliz... O tempo passa e perco forças nesta briga de mim comigo, quando o objetivo é entregar-me ou não. Algumas vezes penso ser bobagem perder tanto tempo pensando sobre isso. Em outras, imagino o quão incerto é o destino de quem age unicamente com emoção.
Na verdade, resumindo, penso estar perdendo um certo tempo com isso, podendo simplesmente estar vivendo. Coloquei de há muito em minha cabeça que quem amo pode me fazer muito mais mal que meu pior inimigo. Simples: o inimigo precisa investir contra mim para ver meu sofrimento. Quem eu amo, basta sumir. A imaturidade de condicionar a minha felicidade ao "bom-humor" de outra pessoa parece para mim alguém que tem medo de sair além da própria quadra onde mora. As redondezas não devem ser tão perigosas quanto imagina a minha "neurose" (entre aspas, antes que alguém diga que não sei de que estou falando).
Bom, deixe-me pensar mais um pouquinho sobre minha vida para ver o que realmente quero. Estas confusas divagações CERTAMENTE serviram muito mais para mim do que para qualquer pessoa que possa lê-las.
Até depois...

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