domingo, fevereiro 22, 2009

Ainda espero

Lembro de sempre ter chorado quando eu perdia, quando eu sofria.
Sentia um nó na garganta e as lágrimas caíam, sem eu precisar me esforçar.
Mas dessa vez eu não chorei.
E perdi feio.
O nó na garganta veio e ficou.
Não sei se me tornei uma pessoa orgulhosa que não sabe mais chorar de si mesma, ou se as lágrimas estão em algum lugar, apenas esperando para aparecer numa situação banal – quando eu furar meu dedo no espinho de uma flor, por exemplo.
Nem sei por que perdi.
Porque não fui o suficiente talvez, mas nem um “não te quero porque você é feia, chata" ou qualquer outra coisa eu recebi.
Nem um telefonema pra me explicar porquê.
Talvez tenha me dado por vencida muito cedo e não levei em consideração que podem acontecer reviravoltas um tanto quanto inesperadas.

Talvez a esperança tenha sido a responsável por segurar minhas lágrimas do lado de dentro.

4 comentários:

Nayara Oliveira disse...

Não foi fácil segurar as lágrimas ao ler este post...Talvez ainda não aprendemos a lhe dar com a perda inexplicada. Suas palavras, são os meus sentimentos.

Daniel disse...

E no final, não é a esperança a última que morre? =]

Van disse...

Oi Nayara... obrigada por ter gostado e fico feliz que de alguma forma lhe ajudei em algo, como expressar algo que tá aqui, no fundo do nosso coração... Seja perseverante sempre!!! Beijos querida!

Van disse...

Oi Daniel.. bom te ver por aqui..
... sim... ela sempre é a última que morre.. mas e quando ela morrer? vem o que? A vida, e ela não para como dizia o poeta!